M.P.P.C - MOVIMENTO POPULAR PENSAR CAXIAS

Avenida Pinto Lira, 365 - Engenho do Porto
Duque de Caxias - RJ.CEP. 25015-260
CNPJ. 19.374.715/0001-32
Telefone: 55-21-3685-6285 - E-mail: pensarcaxias@hotmail.com
Blog. www.pensarcaxias.com.br

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

É DE ESPANTAR?

Caros amigos leitores e membros,
Venho observando que os rumores da Política em Duque de Caxias- RJ, esta deixando muitos Políticos e militantes de cabelos brancos e preocupados. Mais tudo isso são especulações para intimidações aos novos candidatos. A verdade é, que no final, todos os inimigos Políticos de hoje se juntarão mais uma vês para fazer a festa da continuação da mesma Política e da administração péssima que vem sendo adotada nos ultimos dezesseis anos em nossa cidade. POR ISSO VAMOS PENSAR CAXIAS. A sociedade Caxiense que é a mais prejudicada por não ter qualidade de vida melhor, anda muito descrente com nossos Politicos e Governo, por não estarem agindo coerentemente com as vontades do povo em sua governabilidade em todos os setores. A Saúde por exemplo: é no momento a pior de todos os tempos, insuficiente e já insustentavel. Não é por falta de recursos finenceiros, pois esses repasses estão sendo feitos todos os meses pelo ministério da saúde através do (SUS), o que explica isso? O mesmo vem acontecendo na Educação, os recursos são altos, só no mês de Maio deste ano o ministério da Educação através do Fundeb repassou para a educação de Duque de Caxias, R$ 6.096,982,00 e ninguém fiscalizam esses recursos. Nossos Politicos (Vereadores) que deveriam estar atento a tudo isso, ou são incapazes ou compromissados. É POR ISSO QUE TEMOS QUE PENSAR CAXIAS.

AMIGOS LEITORES, NA PROXIMA MATÉRIA IREI FALAR SOBRE SUPLEMENTAÇÕES, AGUARDEM, VAMOS JUNTOS PENSAR CAXIAS

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Saúde está um caos em Caxias

Meus amigos,



“Ver meu filho nessa situação, me dá vergonha de ser brasileiro”, disse o aposentado Pedro Paulino de Sales, morador de Xerém e pai do jovem de 21 anos que percorreu cinco hospitais em busca de atendimento. Gabriel Santos Sales caiu da laje de sua casa em Xerém, bateu a cabeça precisou percorrer 88 quilômetros em uma ambulância da Prefeitura até conseguir atendimento no Hospital Salgado Filho, no Méier, 7 horas depois da queda.

Essa é a saúde em nosso municipio, uma vergonha! Isso tem que acabar, amanha poderá ser o seu filho.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ao amigo Neiva que nos deixou esta semana

Quando fui secretário de Desenvolvimento de Duque de Caxias, levei para trabalhar comigo o filho do amigo Cardoso, o jovem Neiva.
Competente, bom amigo e parceiro, que se destacou como assessor da secretaria e realizava um bom trabalho.
Infelizmente nesta semana, aos quarenta e cinco anos de idade o amigo Neiva veio a falecer precocemente, deixando dois filhos sem pai.
Entendemos e queremos acreditar que para tudo existe um motivo, que Deus teve seus motivos para chama-lo a sua presença, e o que ficou em nós foi a saudade do bom amigo,que tudo entendia de informatica, aos seus familiares os nossos pesames e o nosso carinho.Caxias esta triste.

A presidente ao aceitar o retorno da CPMF mostrou que em nada mudamos.

A manifestação ocorrida em Brasilia no dia 7 de setembro, surtiu o efeito esperado o governo recuou com a vontade de relançar o famigerado CPMF, é dessa forma protestando, que poderemos sonhar com um Brasil mais justo e mais feliz.
Como é facil ser Ministro da Fazenda no Brasil falta dinheiro cria-se novo imposto, porque esquentar a cabeça, o povo que se lasque.
É hora de iniciarmos um movimento de revolta a tudo que acontece, o governo tem que aprender a respeitar o povo, os escandalos envolvendo alguns politicos, sim alguns, pois existem centenas que deveriam ser desmascarados e por qualquer motivo,não são punidos.
Se essas punições fossem realmente levadas a sério alguns politicos de Duque de Caxias encontrariam dificuldades para explicar como ficaram milionários da noite para o dia.
Não é possivel o governo federal ignorar a lei dos Fichas Limpas e permitir que pessoas desqualificadas continuem a usurpar o dinheiro do povo, e pensar que a nossa presidente Dilma pediu gentilmente ao PMDB que sugerisse para o lugar do Ministro do Turismo um que fosse ficha limpa no partido, será que isso é possivel?
Em nosso municipio já estamos vivenciando as primeiras manifestações dos candidatos endinheirados ao cargo de prefeito nas próximas eleições, o que nos deixa tristes
é saber que na sua maioria é o dinheiro que deveria ter sido aplicado em favor do povo, pois a ele pertenceria se não tivesse sido desviado.
Com dinheiro se compra apoio da mídia que custa muito caro, se obtem apoio dos empresários que investem nos politicos, que sabem darão retorno dobrado, a campanha em nossa cidade será uma das mais caras do Brasil. Como seria bom que o Ministério Publico Federal fizesse uma varredura nos bens pessoais dos candidatos, como conseguiram ficar milionarios, se com os seus salários como politicos nunca atingiriam a fortuna que hoje ostentam, infelizmente isso só ira ocorrer quando o sargento Garcia conseguir prender o Zorro.
Aliáis o exemplo deveria começar com o Legislativo que precisa passar por uma varredura de seriedade, pois ele é a nossa unica esperança de honestidade.Pensa Caxias

A desculpa que é para proteger a industria automobilista radicada no Brasil

Usando como desculpa que os carros chineses estão desestabilizando as industrias automobilisticas com montagem e fabricação de peças aqui no Brasil, elevaram a carga tributária para que seus preços deixem de ser competitivos.
Essa foi a forma de castigar os chineses que se atreveram a oferecer bons carros a preços populares,com todos os opcionais de fabrica, infelizmente o governo mostrou sua fragilidade com o poder das empresas de automóveis, que precionaram e conseguiram o que queriam, obrigaram os chineses a elevar o preço dos seus carros, para manter o mercado brasileiro de automóveis como um dos mais caros do planeta.
É uma pena pois teremos que continuar convivendo com as promoções mentirosas de carros sem direção hidraúlica, sem ar condicionado, sem hairbags que deveriam ser obrigatórios pois fazem parte da segurança dos passageiros, é uma pena que um Honda City custe aqui no Brasil a bagatela de R$59.000,00 e o mesmo carro aqui fabricado seja vendido para o México e lá o seu preço não ultrapassa o equivalente à R$29.000,00. Traduzindo a carga tributária brasileira consegue manter o povo brasileiro escravizado.
Como seria bom se o nosso país fosse um país sério, nosso povo viveria num paraíso, é abençoado por Deus, mais maltratado pelos homens que o habitam.Pensa Caxias

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A grande mentira tem pernas curtas

Exército não aceita acordo de Cabral com traficantes


Um assunto incômodo mas as pessoas precisam ser esclarecidas sobre a situação atual

Por Helio Fernandes - Tribuna da Imprensa



O MORRO DO ALEMÃO ESTÁ EM GUERRA ( DE NOVO) PORQUE NOS LOCAIS EM QUE O EXÉRCITO ESTÁ FAZENDO PATRULHAMENTO, OS MILITARES ( AO CONTRÁRIO DA POLÍCIA CIVIL E DA POLÍCIA MILITAR, DO GOVERNO SÉRGIO CABRAL) OS MILITARES DO EXÉRCITO NÃO ESTÃO PERMITINDO A VENDA PACÍFICA DE DROGAS NAS SUAS JURISDIÇÕES, QUEBRANDO, COM ISSO, O ACORDO DO GOV. ESTADUAL (S. CABRAL) COM OS TRAFICANTES.

EM REPRESÁLIA, OS TRAFICANTES DO MORRO DO ALEMÃO, PATRULHADO PELAS TROPAS DO EXÉRCITO, DECLARARAM GUERRA TOTAL CONTRA SEUS OPOSITORES.

LEIA O TEXTO ABAIXO PARA SABER MAIS
"FAVELAS PACIFICADAS ?? COMO ASSIM ??


A “pacificação” das favelas do Rio não passa de um acordo feito entre o governador e os traficantes, que podem “trabalhar” livremente, desde que não usem armas nem intimidem os moradores das comunidades.

Em dezembro do ano passado publiquei, aqui no Blog, um importante artigo de denúncia, mostrando que a política de “pacificação” das favelas não passa de uma manobra eleitoreira do governador cabralzinho, que inclui um incrível e espantoso acordo entre as autoridades estaduais e os traficantes que atuavam (e continuam atuando) nessas comunidades carentes.

O acordo está “firmado” sob as seguintes cláusulas:
1 – Os traficantes somem com as armas da favela, com os “soldados” de máscaras ninjas, com os olheiros e tudo o mais.
2 – A PM entra na favela, sem enfrentar resistência, ocupa os pontos que bem entender, mas não invade nenhuma casa, nenhum barraco, e não prende ninguém, pois não “acha” traficantes ou criminosos.
3 – A favela é tida como “pacificada”, não existem mais marginais circulando armados, os moradores não sofrem mais intimidações, não há mais balas perdidas.
4 – Em compensação, o tráfico fica liberado, desde que feito discretamente, sem muita movimentação..

Até o Blog publicar esses artigos, ninguém havia tocado no assunto. A implantação das chamadas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) vinha sendo saudada pela imprensa escrita, falada e televisada como uma espécie de panacéia na segurança pública. Era como se, de súbito, as autoridades estaduais e municipais tivessem conseguido “colocar o ovo em pé”, resolvendo de uma hora para outra o maior problema da atualidade: a violência e o tráfico de drogas nos guetos das grandes cidades.

Não há dúvida, esse é UM DOS MAIORES DESAFIOS DA HUMANIDADE. Como todos sabem, em praticamente todos os países do mundo, governantes e autoridades da segurança pública continuam sem saber como enfrentar e vencer o problema da criminalidade e do tráfico. Menos no Rio de Janeiro. Aqui, houve uma espécie de “abracadabra”, um toque de varinha de condão e, num passe de mágica, as favelas foram “pacificadas”, que maravilha viver.

O mais interessante: não foi disparado UM ÚNICO E ESCASSO TIRO, os traficantes e “donos” das favelas não lançaram uma só granada, um solitário morteiro, não acionaram seus lança-chamas, seus mísseis portáteis, seus rifles AR-15 e M-16, suas submetralhadoras Uzi, nada, nada.

No artigo-denúncia que publiquei no final de dezembro e nos outros que se seguiram em janeiro, chamei atenção para esse fato espantoso: ninguém reparou que a tal “pacificação” foi fácil demais, não houve uma só troca de tiros?

O pior foi a atitude do governador cabralzinho, que deve pensar (?) que os demais cidadãos são todos imbecis e aceitam qualquer “explicação” que lhes seja fornecida pelas autoridades. Recordemos que foi ele quem teve a ousadia e a desfaçatez de vir a público e proclamar, textualmente: “DEI PRAZO DE 48 HORAS PARA OS TRAFICANTES DEIXAREM O CANTAGALO-PAVÃO-PAVÃOZINHO”.

Como é que é? O governador esteve como os traficantes, “cara-a-cara”, e fez o ultimato? Ou mandou recado por algum amigo comum? Como foi o procedimento? Ninguém sabe.

O que se sabe é que o governador alardeava (e continua alardeando) que, em todas as favelas onde a Polícia Militar instalou as UPPs, os traficantes e criminosos simplesmente sumiram, assustados, amedrontados, apavorados.

Seria tão bom se fosse verdade!! Mas o que é a verdade para esse governador enriquecido ilicitamente, cuja mansão à beira-mar em Mangaratiba virou ponto de atração turística? Para ele, a verdade é a versão que ele transmite, por mais fantasiosa que seja, como se fosse um ridículo Pinóquio de carne e osso (aliás, muito mais carne do que osso, já caminhando para a obesidade precoce), a inventar contos da Carochinha para iludir os eleitores.

Quando escrevi a série de artigos desmascarando a “pacificação das favelas”, houve tremenda repercussão (como ocorre com tudo que sai publicado nesse Blog ou na Tribuna da Imprensa). Mas a maioria das pessoas se recusava a acreditar. Não podiam aceitar que um governante descesse a nível tão baixo, criasse tão estarrecedora mistificação, tentasse manipular tão audaciosamente os eleitores.

Mas meus artigos plantaram a semente da dúvida. Nas redações, os jornalistas começaram a questionar a veracidade do sucesso dessa política de segurança pública. Até que, há dois ou três meses, O Globo publicou uma página inteira em sua seção “Logo” (que é uma espécie de “pensata”), ironizando a facilidade com que as favelas teriam sido “pacificadas”. (Não me deram crédito nem royalties, é claro, mas fico esperando o pré-sal).

No dia 2 de julho, mais uma vez O Globo, em reportagem de Vera Araújo, comprova que meus artigos de denúncia estavam corretos. Sob o título “FEIRÃO DE DROGAS DESAFIA UPP”), com fotos impressionantes feitas em maio na Cidade de Deus, a matéria mostra que o tráfico de drogas está e sempre esteve liberado, exatamente como afirmei.

Ao que parece, a repórter nem chegou a ir à Cidade de Deus. As fotos na “favela pacificada” foram feitas por um morador do local, que as enviou ao jornal. Foi facílimo fazer a matéria, as imagens dizem tudo.

No dia seguinte, mais um repique em O Globo, mostrando que, assim com o tráfico de drogas, também a exploração de caça-níqueis está liberada na comunidade “tomada” pela PM. As fotos, novamente, são de um morador da favela, que o jornal, obviamente, não identifica.

***
PS – Isso não está acontecendo somente na Cidade de Deus.. Em todas as favelas pacificadas ocorre o mesmo.

PS2 – Aproxima-se a eleição e, na campanha, o governador vai massacrar a opinião pública com a divulgação do êxito da “pacificação das favelas”. Este é o ponto mais forte de sua “plataforma” eleitoral, ao lado das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

PS3 – Aliás, UPPs e UPAs, tudo a ver. As UPAs também são um golpe de marqueting político-eleitoral, conforme iremos demonstrar neste Blog.

PS4 – O desgoverno de Cabral é um tema longo, do tipo “E o vento levou”.

E seria bom, seria ótimo, se o vento o levasse permanentemente para longe de nós.


Por Helio Fernandes

PCdoB lança candidato a Prefeito

PCdoB de Campo Magro-PR lança candidato a prefeito em Conferência
Na última sexta-feira, aproximadamente 80 militantes do partido em Campo Magro, Região Metropolitana de Curitiba, se reuniram para debater as propostas do partido, eleições de 2012 e eleger a nova direção partidária na cidade.

Cláudio Casagrande - Pré-candidato a prefeito de Campo Magro-PRCampo Magro é um dos municípios paranaense, onde o PCdoB vai lançar candidatura própria a prefeito. Trata-se do empresário Cláudio Casagrande, - também eleito vice-presidente do partido - uma grande liderança política da cidade, que em função do programa do PCdoB pela primeira vez aceitou o desafio de disputar á prefeitura no próximo ano.

Casagrande é um dos grandes críticos dos problemas políticos envolvendo a cassação do atual prefeito da cidade. “A população de Campo Magro não pode mais aceitar os desmandos político, denúncias de corrupções e administrações que não atendem os interesses da maioria dos moradores”, enfatiza o candidato

Durante, a Conferência o presidente do PCdoB, Luiz Cláudio anunciou ainda, que o partido que está montando uma chapa de vereadores forte, com a presença de diversas lideranças comunitárias, femininas e de trabalhadores. Segundo ele, o crescimento e a seriedade das propostas que o PCdoB tem para a cidade é que proporcionou o lançamento da candidatura própria para disputar o Executivo Municipal

O presidente PC do Paraná, Chico Brasileiro, saudou o candidato a prefeito Cláudio Casagrande e os militantes, lembrando que a história do partido é a maior testemunha da seriedade dos comunistas em administrar órgãos públicos, como prefeitura, ministérios e secretárias municipais e estaduais. “ O PCdoB faz política com a cabeça erguida, com o coração e principalmente, com o comprometimento com as principais reivindicações da sociedade”, destaca.

Participaram também da conferência de Campo Magro: Cláudio Padilha, Secretário de Esportes de São José dos Pinhais; Adriano Soares, presidente Estadual da UJS: Sidnei Martins, presidente do PCdoB de Cotia-SP e Madson Oliveira, secretário estadual de Organização. Paulo Bretas

domingo, 11 de setembro de 2011

Politica e corrupção

Um estranho clima se formou nos debates sobre “corrupção” após a manifestação em Brasília no Dia da Pátria (7 de setembro). O apoio de entidades reconhecidamente comprometidas com a ética – como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) – ao protesto que se disseminou por 34 cidades em 17 Estados não impede que se faça um juízo crítico da natureza do evento.

A primeira observação que precisa ser feita refere-se à ausência de entidades com tradição de mobilização popular, como as centrais sindicais e as organizações estudantis. Motivo de manifestações histéricas e raivosas da mídia, que cobrou uma ação como as promovidas contra os governos de Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso (FHC), a não participação dessas entidades é um bom ponto de partida para se entender a essência do pensamento majoritário que moveu os protestos.

Histórica defesa do financiamento público de campanha

O que menos interessa para a mídia e para os movimentos políticos alinhados ao seu ideário é o combate efetivo à corrupção. Um exemplo mais do que evidente são os contantes ataques às propostas de reforma política que propõem medidas concretas para o combate às distorções que fundamentam o que se convencionou chamar de “corrupção”. “Nós, do PT, defendemos o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais, de forma a acabar com a contribuição direta a partidos ou candidatos e a anular a força do poder econômico na eleição”, diz o ex-deputado e ex-minitro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, em recente artigo no jornal Folha de S. Paulo.

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) tem opinião semelhante. Em reunião com o relator da Comissão Especial de Reforma Política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), a bancada comunista reafirmou a sua já histórica defesa do financiamento público de campanha. Para o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, a proposta do relator é mais compatível com o nível das preocupações relacionadas com a garantia do financiamento público exclusivo de campanha. “A lógica é certa”, enfatizou ele. “O esforço todo é para garantir o financiamento público”, destacou.

Esse assunto passa ao largo na cantilena da mídia sobre “corrupção”. Quando ele aparece é para ser impiedosamente pisoteado. Qual a razão disso? Ela é de fácil compreensão. Se quisermos levar este debate a sério, devemos lembrar de conceitos políticos há muito desvendados. O Estado é o governo de homens organizados em classes. E a política é a arte de organizar os homens. A vida política, portanto, é o afrontamento dos interesses sociais — ou seja, de classe — pela direção do Estado.

Última contribuição dos "patriotas" de ocasião

Esse não é, portanto, um debate que pode ser elucidado à base do emocinalismo, dando ouvidos a quimeras oportunistas, a caráteres melífluos, a posições dúbias, a meias palavras. Nesse fogaréu que se instalou em Brasília, é preciso ver as coisas que estão além das coisas, enxergar o que há por trás da cortina de fumaça. Tomemos o exemplo da idéia estapafúrdia de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para "investigar a corrupção", a última contribuição dos "patriotas" de ocasião.

É fácil imaginar o redemoinho em que podem se transformar as notícias vazadas com segunda, terceira e quarta intenções no âmbito de uma CPI como essa. Voluntária ou involuntariamente, o máximo que se pode fazer é chantagem política diante do governo. É essa, unicamente, a leitura possível da proposta da CPI. O objetivo é apenas fazer marola para atrapalhar o governo, negociar alguma vantagem para a família e os amigos e nada mais. Não é, nem de longe, estudar a fundo a questão, propor mudanças na legislação e criar os meios para melhorar o combate à corrupção.

A CPI serviria, no máximo, para manipular os incautos com vistas a desgastar a imagem de adversários políticos. A mídia age, em circunstâncias onde há grande disputa pela atenção dos eleitores, como amplificadora das turbulências. Há também os casos onde a ignorância trabalha contra a informação. Seria muito melhor que o Congresso discutisse, a partir de episódios como esses, a natureza da corrupção no Brasil.

Executivo deveria tomar a dianteira dos fatos

Seria útil também que, em vez de apostar em espertezas de resultados políticos duvidosos, os deputados envolvidos nessa manobra se empenhassem em dar agilidade aos trabalhos parlamentares, debatendo a fundo a reforma política. O próprio Executivo deveria sair do imobilismo em que se encontra nessa questão, reorganizar-se internamente, articulando as forças que lhe dão sustentação, e tomar a dianteira dos fatos, de modo a não ser soterrado por eles.

Não há como negar que cada vez mais gente no Brasil vê a política como um gesto pouco nobre. Atribuem-se à sua lógica coisas como a depauperação dos valores e o recrudescimento de instintos primitivos. É comum se ouvir que política é feita pela escória da sociedade. Essa postura está refletida já em nosso léxico. Segundo o Aurélio, alguns dos significados de política são astúcia, ardil, artifício, esperteza. A mídia, por interesses de classe, dá enorme contribuição para isso.

Um marciano de boa índole que tivesse chegado à Terra pelo Brasil e estivesse estudando a humanidade munido do noticiário da mídia certamente anotaria em sua agenda que política é uma das coisas ruins que se inventaram por aqui. A conseqüência disso é a cristalização no território nacional da idéia de que quem não faz política é usurpado, enquanto quem faz leva sempre vantagem, se locupleta.

Histórica concentração de poder político no Brasil

É uma visão erradamente associada ao conceito de poder. Como nunca tivemos por aqui uma democracia de massas, a idéia que se tem é a de que a política serve somente de atalho para a conquista ilícita de uma fatia maior de riquezas. A explicação para essa campanha que tenta vender ao público a antipatia aos "políticos" reside no fato de que as opções de consumo — e aí o leque abrange desde serviços públicos até produtos de tecnologias sofisticadas — têm deixado os brasileiros à mercê de interesses poderosos.

A histórica concentração de poder político no Brasil fez com que a imensa maioria da sociedade vivesse pelo cabresto do poder econômico de poucos. Nessa fase de transição pela qual passa o país, é preciso fazer com que a democracia seja considerada um valor político coletivo. A maioria da sociedade imbuída dessa idéia saberá que exigir direitos, votar e cobrar desempenhos pavimentam o caminho para o avanço das mudanzas. A tarefa das forças democráticas e progressistas é a de livrar o país do manto de fealdade com que a atividade política foi coberta ao longo de nossa história pelo poder da elite.

Ela é longa e penosa, mas necessária. Pela via política, pavimentada com desprendimento e visão estratégica, temos a chance de estabelecer o alargamento da democracia econômica. A idéia do casamento da produção em massa com a distribuição em massa é o norte do projeto desenvolvimentista que começa a ser debatido com força no país. Ao se lançar nessa seara, as forças políticas democráticas e progresistas podem tomar a bandeira da moralidade púbica das mãos conservadoras para empunhá-la com autoridade.

Raízes fundas nas capitanias hereditárias

O bestialógico sobre esse tema consome papel, tinta, espaço na TV e uma quantidade ainda maior (e ainda menos aceitável) de graves reflexões vindas daquilo que se poderia chamar de forças originárias da corrupção. A polêmica se alimenta da aparente incompetência que se apresenta como uma característica irremediável, quase genética, que marca tudo aquilo que a grossa maioria dos "analistas" políticos que freqüentam a mídia comenta. Escrevo aparente incompetência porque no fundo o que há é descarada manipulação ideológica.

Eis uma boa maneira de definir a questão: é que o Brasil tem um sistema político das classes dominantes com raízes fundas nas capitanias hereditárias. Não é difícil perceber os obstáculos enfrentados pelas forças que andam em direção a um modelo de soberania nacional, de uma economia horizontal marcada pelo desenvolvimento. (Cumpre registrar que existe um setor da esquerda que, inexplicavelmente, perde enormes, valiosas quantidades de tempo e de energia enlameando o próprio rosto.)

O sistema político brasileiro estruturado pela ideologia da elite considera a locupletação como parte do seu ról de direitos. Por trás disso, está a lógica da hierarquia que define a sociedade brasileira. Aparece aqui o distanciamento entre establishment e nação, entre elite e povo, como um fertilizante poderoso para a corrupção. O mecanismo degenerador traduz-se na ausência do senso de conjunto, de que todos fazem parte de um mesmo projeto, de um mesmo destino. Aí, vale tudo. Negociar favores, tutano do conceito de corrupção, fica sendo apenas mais uma forma de sobreviver na selva.

Sistema político da elite atenta contra a democracia.

Desde que o quadro partidário brasileiro se modernizou, quando o governo do presidente Getúlio Vargas configurou o cenário político com partidos claramente representando classes ou camadas sociais, há um espaço político de centro-esquerda bem demarcado e com um enorme potencial de crescimento. Neste período, surgiu o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Surgiram também o PSD e a UDN, que retomaram a clássica configuração partidária da República Velha.

O PTB, partido ligado ao movimento operário que adotou uma plataforma nacional e democrática, revelou-se uma força ponderável na formação de um campo político nacional amplo e ao mesmo tempo com base popular, também integrado pelo Partido Comunista do Brasil — então com a sigla PCB —, e cumpriu importante papel até o golpe de 1964.

Hoje, pode-se dizer que, numa conjuntura evidentemente muito mais complexa, o DEM e o PSDB são, em essência, a continuidade do PSD e da UDN. O Partido Comunista do Brasil — com a sigla PCdoB —, que voltou a figurar com destaque no cenário partidário, participa de uma frente popular desde 1989, liderada pelo PT, que se ampliou até a vitória eleitoral de Lula em 2002. Naquele tempo em que reinou a democracia, assim como atualmente, o sistema político estruturado pela elite atentou contra a democracia para impendir a consolidação desse campo tentando empunhar a bandeira da moralidade.

Corrupção é inerente a sistemas políticos burgueses

Independente das projeções que se possa fazer para 2012 e 2014, é preciso constatar que, à medida que os problemas nacionais se complicam, as soluções exigem que país siga pelo rumo das mudanças. Não é possível olhar para o futuro sem enxergar uma dura luta por soluções patrióticas para os problemas nacionais. Ou por outra: os avanços terão curso no processo de luta de classes.

sábado, 10 de setembro de 2011

Nos bastidores da politica municipal

O PCdoB foi procurado com ética pelo ex deputado Marcos Figueiredo, que solicitou uma reunião com o nosso presidente e fez questão da presença do candidato a prefeito pelo partido comunista.
A reunião foi excelente e poderá acontecer uma dobradinha entre o PCdoB e o PSC nas eleições de 2012.
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

Comenta-se nos corredores da prefeitura, que o ex- deputado Marcos Figueiredo não aceitou ser secretario de Ação Social, orientado por uma funcionaria da Prefeitura que mostrou a tremenda furada que ele iria segurar, os pepinos são grandes e já tem policia federal no pedaço.
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

O atual prefeito não sabe mais o que fazer para tentar reverter o quadro de rejeição que se encontra, lança edições especiais nos jornais da cidade, cria seu próprio informativo, faz propaganda em jornais de grande tiragem a preço de ouro, tenta enganar o povo com suas falsas promessas.
Para quem afirmou em reunião de seus secretários que não precisava mais da prefeitura, pois sua situação financeira era tranquila, seu boi estava na sombra, que só se candidatou para ter o prazer de derrotar o prefeito, governador e o presidente da republica, ele esta muito preocupado, afinal por que largar um osso tão carnudo como a prefeitura de Duque de Caxias.
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

Não custa perguntar porque a prefeitura de Duque de Caxias faz questão de pagar o recolhimento do lixo da cidade a kilo se não tem balança no municipio para fazer tal pesagem.
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

Não custa perguntar porque a cpi das funerárias, pifou, o vereador que a presidia não mais justifica o silencio a respeito, acabou em pizza como tudo nesse país. E os dois secretários continuam manipulando a venda dos caixões.
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

O ex-prefeito de Duque de Caxias, que está sendo acusado pelo atual, de ter deixado um rombo de trezentos milhões de reais nas contas publicas,continua afirmando que é candidato, e o que se estranha é o ministério publico até agora se manter em silencio após as denuncias proferidas pelo atual prefeito em varios jornais.
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

Que a Locanty é acusada de ser mal pagadora não é novidade para ninguem. Centenas de ações são acionadas na justiça trabalhista contra empresas prestadoras de serviços a prefeitura,ligadas a ela, que não aceitam acordos com seus funcionarios, e sendo a prefeitura a responsavel direta pelas contratações, os juizes retiram das contas da prefeitura os pagamentos. Agora fica a pergunta e o dinheiro pago antecipado a Locanty aonde foi parar, porque a prefeitura tem que pagar duas vezes, é no minimo imoral.Pensa Caxias
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

Cresce com força a candidatura do camarada Antonio Borges, hoje reconhecido como unica novidade politica da cidade.
Sua presença no próximo pleito, já incomoda, a quem diga que o presidente do PCdoB já rejeitou 500.000,00 reais, para apoiar outro candidato, mais ele afirma em alto e bom som que a candidatura de Antonio Borges é fato consumado, todo o partido estará apoiando sua candidatura, e só a vitória interessa.Pensa Caxias
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

Não foi novidade para ninguem o PSL ter fechado com o ex-prefeito, todos sabiam que isso iria acontecer, afinal os dados de convencimento devem ter sido irrecusáveis.
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

A quem afirme de que a candidatura do PT em 2012 já esta fechada com o ex-prefeito que tera a candidata do PT como sua vice. Pensa Caxias
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

A Deputada Federal do PCdoB no Rio de Janeiro já foi assediada pelo ex-prefeito para apoia-lo nas próximas eleições.
Ela disse que não irá interferir na decisão do diretório municipal que tem como seu candidato certo o camarada Antonio Borges.
Esse tipo de atitude é digno de um partido sério, e de uma Deputada séria que hoje goza do reconhecimento de todos. Acredita Caxias
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,FIM,,,,,

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Os astutos chineses

Assunto: A PRAGA MUNDIAL QUE NINGUÉM QUER VER

Para seu conhecimento, análise e...

Alguns conhecidos voltaram da China impressionados.

Um determinado produto que o Brasil fabrica um milhão de unidades, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões... A qualidade já é equivalente. E a velocidade de reação é impressionante.

Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas... Com preços que são uma fração dos praticados aqui. Uma das fábricas está de mudança para o interior, pois os salários da região onde está instalada estão altos demais: 100 dólares.

Um operário brasileiro equivalente ganha 300 dólares no mínimo. Que acrescidos de impostos e benefícios representam quase 600 dólares. Comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios...

Hora extra? Na China? Esqueça. O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego, que trabalha horas extras sabendo que nada vai receber...

Essa é a armadilha chinesa. Que não é uma estratégia comercial, mas de poder.

Os chineses estão tirando proveito da atitude dos marqueteiros ocidentais, que preferem terceirizar a produção e ficar com o que "agrega valor": A marca.

Dificilmente você adquire nas grandes redes dos Estados Unidos um produto feito nos Estados Unidos. É tudo "made in China", com rótulo estadunidense.

Empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e vendendo por centenas de dólares... Mesmo ao custo do fechamento de suas fábricas. É o que chamo de "estratégia preçonhenta".

Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila as táticas para dominar no longo prazo.

As grandes potências mercadológicas que fiquem com as marcas, o design... Os chineses ficarão com a produção, desmantelando aos poucos os parques industriais ocidentais.

Em breve, por exemplo, não haverá mais fábricas de tênis pelo mundo.. Só na China. Que então aumentará seus preços, produzindo um "choque da manufatura", como foi o do petróleo. E o mundo perceberá que reerguer suas fábricas terá custo proibitivo. Perceberá que se tornou refém do dragão que ele mesmo alimentou ( Vale salientar que o mundo Árabe, como disse o US-Obama, é como é, graças aos petrodólares ). Dragão que aumentará ainda mais os preços, pois quem manda é ele, que tem fábricas, inventários e empregos... Uma inversão de jogo que terá o Impacto de uma bomba atômica... Chinesa.

Nesse dia, os executivos "preçonhentos", tristemente, olharão para os esqueletos de suas antigas fábricas, para os técnicos aposentados jogando bocha na esquina, para as sucatas de seus parques fabris desmontados. E lembrarão com saudades do tempo em que ganharam dinheiro comprando baratinho dos chineses e vendendo caro a seus conterrâneos... E então, entristecidos, abrirão suas marmitas e almoçarão suas marcas.

Luciano Pires é diretor de marketing da Dana e profissional de comunicação.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sonhavamos em ser feliz

No tempo da minha infância (Ismael Gaião)








> No tempo da minha infância
> Nossa vida era normal
> Nunca me foi proibido
> Comer muito açúcar ou sal
> Hoje tudo é diferente
> Sempre alguém ensina a gente
> Que comer tudo faz mal
>
> Bebi leite ao natural
> Da minha vaca Quitéria
> E nunca fiquei de cama
> Com uma doença séria
> As crianças de hoje em dia
> Não bebem como eu bebia
> Pra não pegar bactéria
>
> A barriga da miséria
> Tirei com tranquilidade
> Do pão com manteiga e queijo
> Hoje só resta a saudade
> A vida ficou sem graça
> Não se pode comer massa
> Por causa da obesidade
>
> Eu comi ovo à vontade
> Sem ter contra indicação
> Pois o tal colesterol
> Pra mim nunca foi vilão
> Hoje a vida é uma loucura
> Dizem que qualquer gordura
> Nos mata do coração
>
> Com a modernização
> Quase tudo é proibido
> Pois sempre tem uma Lei
> Que nos deixa reprimido
> Fazendo tudo que eu fiz
> Hoje me sinto feliz
> Só por ter sobrevivido
>
> Eu nunca fui impedido
> De poder me divertir
> E nas casas dos amigos
> Eu entrava sem pedir
> Não se temia a galera
> E naquele tempo era
> Proibido proibir
>
> Vi o meu pai dirigir
> Numa total confiança
> Sem apoio, sem air-bag
> Sem cinto de segurança
> E eu no banco de trás
> Solto, igualzinho aos demais
> Fazia a maior festança
>
> No meu tempo de criança
> Por ter sido reprovado
> Ninguém ia ao psicólogo
> Nem se ficava frustrado
> Quando isso acontecia
> A gente só repetia
> Até que fosse aprovado
>
> Não tinha superdotado
> Nem a tal dislexia
> E a hiperatividade
> É coisa que não se via
> Falta de concentração
> Se curava com carão
> E disso ninguém morria
>
> Nesse tempo se bebia
> Água vinda da torneira
> De uma fonte natural
> Ou até de uma mangueira
> E essa água engarrafada
> Que diz-se esterilizada
> Nunca entrou na nossa feira
>
> Para a gente era besteira
> Ter perna ou braço engessado
> Ter alguns dentes partidos
> Ou um joelho arranhado
> Papai guardava veneno
> Em um armário pequeno
> Sem chave e sem cadeado
>
> Nunca fui envenenado
> Com as tintas dos brinquedos
> Remédios e detergentes
> Se guardavam, sem segredos
> E descalço, na areia
> Eu joguei bola de meia
> Rasgando as pontas dos dedos
>
> Aboli todos os medos
> Apostando umas carreiras
> Em carros de rolimã
> Sem usar cotoveleiras
> Pra correr de bicicleta
> Nunca usei, feito um atleta,
> Capacete e joelheiras
>
> Entre outras brincadeiras
> Brinquei de Carrinho de Mão
> Estátua, Jogo da Velha
> Bola de Gude e Pião
> De mocinhos e Cawboys
> E até de super-heróis
> Que vi na televisão
>
> Eu cantei Cai, Cai Balão,
> Palma é palma, Pé é pé
> Gata Pintada, Esta Rua
> Pai Francisco e De Marré
> Também cantei Tororó
> Brinquei de Escravos de Jó
> E o Sapo não lava o pé
>
> Com anzol e jereré
> Muitas vezes fui pescar
> E só saía do rio
> Pra ir pra casa jantar
> Peixe nenhum eu pagava
> Mas os banhos que eu tomava
> Dão prazer em recordar
>
> Tomava banho de mar
> Na estação do verão
> Quando papai nos levava
> Em cima de um caminhão
> Não voltava bronzeado
> Mas com o corpo queimado
> Parecendo um camarão
>
> Sem ter tanta evolução
> O Playstation não havia
> E nenhum jogo de vídeo
> Naquele tempo existia
> Não tinha vídeo cassete
> Muito menos internet
> Como se tem hoje em dia
>
> O meu cachorro comia
> O resto do nosso almoço
> Não existia ração
> Nem brinquedo feito osso
> E para as pulgas matar
> Nunca vi ninguém botar
> Um colar no seu pescoço
>
> E ele achava um colosso
> Tomar banho de mangueira
> Ou numa água bem fria
> Debaixo duma torneira
> E a gente fazia farra
> Usando sabão em barra
> Pra tirar sua sujeira
>
> Fui feliz a vida inteira
> Sem usar um celular
> De manhã ia pra aula
> Mas voltava pra almoçar
> Mamãe não se preocupava
> Pois sabia que eu chegava
> Sem precisar avisar
>
> Comecei a trabalhar
> Com oito anos de idade
> Pois o meu pai me mostrava
> Que pra ter dignidade
> O trabalho era importante
> Pra não me ver adiante
> Ir pra marginalidade
>
> Mas hoje a sociedade
> Essa visão não alcança
> E proíbe qualquer pai
> Dar trabalho a uma criança
> Prefere ver nossos filhos
> Vivendo fora dos trilhos
> Num mundo sem esperança
>
> A vida era bem mais mansa,
> Com um pouco de insensatez.
> Eu me lembro com detalhes
> De tudo que a gente fez,
> Por isso tenho saudade
> E hoje sinto vontade
> De ser criança outra vez...